domingo, 30 de novembro de 2008

Grávida
(Marina Lima/Arnaldo Antunes)
Na voz de "Simone e Zélia Duncan"
(Cd e DVD "Amigo é Casa")

"Eu tô grávida
Grávida de um beija-flor
Grávida de terra
De um liquidificador
E vou parir
Um terremoto, uma bomba, uma cor
Uma locomotiva a vapor
Um corredor

Eu tô grávida
Esperando um avião
Cada vez mais grávida
Estou grávida de chão
E vou parir
Sobre a cidade
Quando a noite contrair
E quando o sol dilatar
Dar à luz

Eu tô grávida
De uma nota musical
De um automóvel
De uma árvore de Natal
E vou parir
Uma montanha, um cordão umbilical, um anticoncepcional
Um cartão postal

Eu tô grávida
Esperando um furacão,
Um fio de cabelo,
Uma bolha de sabão
E vou parir
Sobre a cidade
Quando a noite contrair
E quando o sol dilatar
Vou dar a luz..."

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Para "Alma Gótica"

Trechos de "Fico Assim Sem Você"
Composição: Abdullah / Cacá Moraes
"Na voz de Adriana Calcanhotto"

"Tô louca pra te ver chegar
Tô louca pra te ter nas mãos

Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração"...

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Trechos de "Não Sou Você"
Banda Mixtape

"Queria ir pra Warstock
Mas você disse “não, vamos de trem pro norte”
Vi um cd de rock
Que eu queria muito, mas você estava junto
Comprei o seu colar
Com aquele dinheiro que juntei o mês inteiro

E você nem se incomoda
Pra você nada disso importa
Você nem me dá a chance
De provar que posso ser mais do que você acreditou

Você olha e diz
Que eu sou louca e não quis
Te ver sempre feliz
E que só isso importa
Você esquece que eu fiz
O que pude pra que
Isso fosse possível
Sem que eu seja você..."

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Aniversário de 1 ano do "Anne Elise Blog"

142 postagens
939 visitas ao perfil
11000 visitas à página

Obrigada a todos que participaram,
trocando idéias neste ano que passou.
Que muitas outras experiências ainda sejam trocadas
nos anos que estão por vir.

Beijo a todos...

Adriana Calcanhotto
Três (----)
Antonio Cicero / Marina Lima

"Um...
Foi grande o meu amor
Não sei o que me deu
Quem inventou fui eu
Fiz de você o sol
Da noite primordial
E o mundo fora nós
Se resumia a tédio e pó
Quando em você tudo se complicou

Dois...
Se você quer amar
Não basta um só amor
Não sei como explicar
Um só sempre é demais
Pra seres como nós
Sujeitos a jogar
As fichas todas de uma vez
Sem temer naufragar

Não há lugar pra lamúrias
Essas não caem bem
Não há lugar pra calúnias
Mas por que não nos reinventar

Três...
Eu quero tudo o que há
O mundo e seu amor
Não quero ter que optar
Quero poder partir
Quero poder ficar
Poder fantasiar
Sem nexo e em qualquer lugar
Com seu sexo junto ao mar..."

sábado, 8 de novembro de 2008

Para "Alma Gótica"
Teu nome mais secreto
Adriana Calcanhotto / Waly Salomão

"Só eu sei teu nome mais secreto
Só eu penetro em tua noite escura
Cavo e extraio estrelas nuas
De tuas constelações cruas

Abre-te Sésamo! - brado ladrão de Bagdá

Só meu sangue sabe tua seiva e senha
E irriga as margens cegas
De tuas elétricas ribeiras,
Sendas de tuas grutas ignotas

Não sei, não sei mais nada.
Só sei que canto de sede dos teus lábios
Não sei, não sei mais nada..."

domingo, 2 de novembro de 2008

Saga Lusa
primeiro livro de Adriana Calcanhotto

A cantora e compositora Adriana Calcanhoto
lança seu primeiro livro,
Saga Lusa - O relato de uma viagem.

Tendo cancelado um show e várias entrevistas por conta de um inesperado surto psicótico induzido por uma combinação de medicamentos para gripe, Adriana começa a escrever compulsivamente. Depois de algumas noites sem dormir, com olheiras que fazem com que pareça uma cantora disfarçada de urso panda, viaja na língua portuguesa, brincando com o cancioneiro brasileiro e com a literatura.

"Voltei do segundo show pálida, trêmula, mas mantendo a pose no meu deslumbrante robe azul. Subi no elevador com uns africanos que se entreolhavam, tentando localizar de que tribo são as senhoras que andam de robe de veludo e havaianas, com uma braçada de flores na mão e olheiras que as fazem parecer um urso panda disfarçado de cantora – vestida e com a maquiagem borrada pela ex-mulher do Gerald Thomas. Eu tremia de frio, mas sorri, claro, pros africanos. Tomei um banho quentíssimo, durante longos minutos porque, pra mim, esta é a melhor hora dos shows e porque precisava me aquecer e não conseguia. Um urso panda certamente não se enganaria, mas eu, até então, não tinha me dado conta de que estava ardendo em febre e que um banho pelando não ajudaria muito, sabe que o QI das cantoras..."

“Acordo de (mais) um pesadelo, em prantos, banhada de suor, sentindo um cheiro insuportável dentro do nariz, não de fora, nas narinas secas, arrepios pelo corpo. Vou pro espelho esperando ver um urso panda em trajes psicodélicos, e minhas pupilas são agora dois pires de tão dilatadas. Caralho, e agora?”

Referências cortam e costuram o livro: Ahab, Alice, Ofélia, Medéia. Com o prazer de escrever obsessivamente, a autora consegue manter-se agarrada a sua saúde até voltar pra casa com a mala cheia de livros, dicionários.

''Eu gostei muito de escrever esse livro. Fora o fato de que eu fiz isso naquele momento porque eu precisava daquilo para sobreviver, me deu muito prazer'', disse Adriana.

Imperdível
Mostra sobre a vida e as descobertas de Darwin chega à Curitiba

Em uma exposição sobre a biografia de Darwin, na Universidade Positivo, em Curitiba, será possível refazer a viagem do barco Beagle e perceber as espécies que foram notadas e estudadas por ele .

Quando tinha apenas 25 anos, Darwin desembarcou nas Ilhas Galápagos – a mil quilômetros da costa equatoriana – onde conseguiu esboçar parte de sua teoria: de que os animais evoluem para se adaptar ao meio ambiente. A ilha abriga espécies raras de tartarugas gigantes, iguanas e pássaros. O naturalista percebeu, por exemplo, que o bico de alguns pássaros tinha um formato que permitia a quebra de sementes daquela região – uma adequação da espécie para a sobrevivência.

Réplicas dos fósseis que Darwin encontrou na Patagônia, região do Chile, expostos na Universidade Positivo, também são apoio para o público tentar entender a teoria do naturalista inglês. Darwin encontrou fósseis de criptodontes – preguiças e tatus gigantes – e percebeu que a ossada estava relacionada aos tatus e preguiças menores que vivem na região. “O que aconteceu? Esta era a grande pergunta que ele se fazia. Então, Darwin percebeu que houve a evolução, a seleção natural das espécies. O argumento da troca de espécies maiores pelas menores era por causa das mudanças ambientais e climáticas, já perceptíveis à época”, afirma o doutor em paleontologia e biólogo da Universidade Positivo, professor Eliseu Vieira Dias. Foi a partir daí que o inglês deixou de ser um pensador criacionista para formular sua própria visão da diversidade, a evolucionista, onde a substituição das espécies ocorre através do tempo e do espaço.

Brasil chocante
A visão de Darwin sobre o Brasil é parada obrigatória na exposição. Apesar de estar rodando o mundo, a mostra dos outros países não fala especificamente deste aspecto – ele foi desenvolvido para o público brasileiro saber quais foram as impressões de Darwin ao passar pelo país.

A passagem de Darwin ao Brasil tem emoções ambivalentes: ele fica desgostoso ao ver a escravidão ainda tão consolidada no país, mas fica maravilhado ao perceber a diversidade de espécies de animais e plantas.

Local: Universidade Positivo - Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, número 5.300, bairro Campo Comprido.
Temporada: até 30 de novembro de 2008.
Horários: segunda a sexta-feira, das 9 às 22 horas; sábados, domingos e feriados, das 9 às 17 horas. (a bilheteria fecha uma hora antes da exposição).
Preços: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).
Gratuito para alunos e professores da rede pública, mediante agendamento, e para menores de 7 anos e maiores de 60 anos.
Contato de agendamento de visitas guiadas para grupos: 0300 789 0002.