sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

"Nós sabemos.
Todas as coisas estão ligadas
como o sangue
que une uma família...

Tudo o que acontece com a Terra,
acontece com os filhos e filhas da Terra.
O homem não tece a teia da vida;
ele é apenas um fio.
Tudo o que faz à teia,
ele faz a si mesmo."

Ted Perry - inspirado no Chefe Seatlle

Epígrafe do Livro: A Teia da Vida (Fritjof Capra)

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

A Idade Do Céu
Zélia Duncan

Não somos mais
Que uma gota de luz
Uma estrela que cai
Uma fagulha tão só
Na idade do céu

Não somos o
Que queríamos ser
Somos um breve pulsar
Em um silêncio antigo
Com a idade do céu

Calma
Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu...

Não somos mais
Que um punhado de mar
Uma piada de Deus
Um capricho do sol
No jardim do céu

Não damos pé
Entre tanto tic tac
Entre tanto Big Bang
Somos um grão de sal
No mar do céu...

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Alguns anfíbios
com distribuição na região amazônica
Bolitoglossa paraensis
Única salamandra conhecida com distribuição no Brasil
Ranitomeya ventrimaculata

Phyllomedusa tomopterna

Phyllomedusa palliata

Phyllomedusa hypochondrialis
Phyllomedusa bicolor
Maior Phyllomedusa conhecida com distribuição no Brasil
(cerca de 15 cm)

Hypsiboas geographicus

Hypsiboas fasciatus

Dendropsophus leucophyllatus

Ameerega trivittata

Ameerega macero

Allobates femoralis

Adelphobates quinquevittatus


Fotos: Paulo Bernarde

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

15-17/12
Em "visita" a São Paulo

Lá Vou Eu
Zélia Duncan

"Num apartamento
perdido na cidade,
alguém está tentando acreditar
que as coisas vão melhorar
ultimamente
A gente não consegue
ficar indiferente
debaixo desse céu
No meu apartamento
você não sabe o quanto voei,
o quanto me aproximei
de lá da Terra

Num apartamento
perdido na cidade,
alguém está tentando acreditar
que as coisas vão melhorar
ultimamente
No meu apartamento
você não sabe quanto voei,
o quanto me aproximei
de lá da Terra.
As luzes da cidade
não chegam as estrelas
sem antes me buscar.

Na medida do impossível
tá dando pra se viver.
Na cidade de São Paulo,
o amor é imprevisível
como você e eu e o céu..."

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007


Trechos extraídos do livro "O Pequeno Príncipe"
Autoria: Antoine de Saint-Exupéry

- A gente só conhece bem as coisas que cativou - disse a raposa. - Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos...

- O que é preciso fazer? - perguntou o pequeno príncipe.- É preciso ser paciente - respondeu a raposa. - Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é fonte de mal-entendidos. Mas, a cada dia, te sentarás um pouco mais perto...

No dia seguinte o príncipe voltou.
- Teria sido melhor se voltasses à mesma hora - disse a raposa. - Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz! Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!...

Vai rever as rosas. Assim, compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te apresentarei um segredo.
O pequeno principe foi rever as rosas:
- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes ninguém. Sois como era a raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas, eu a tornei minha amiga. Agora ela é única no mundo...

E, voltou, então à raposa:
- Adeus...- disse ele.
- Adeus - disse a raposa. - Eis meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos...

- E quando estiveres consolado (a gente sempre se consola), tu ficarás contente por me teres conhecido. Tu estarás sempre comigo. Terás vontade de rir comigo. E às vezes abrirás tua janela apenas pelo simples prazer... E teus amigos ficarão espantados de ver-te sorrir olhando o céu. Tu explicarás, então: "Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!" E eles te julgarão louco. Será como uma prega que te prego...
"Vento novo, flores e cores
Fim do verão tropical
Novos ares, novos amores
Tudo volta ao seu estado normal
Sou feliz e trago as provas
Nos meus olhos molhados
E vejo a vida tão diferente
Eu já posso entender
A inocência do prazer..."

Trecho de "A Inocência do Prazer"
Cazuza

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Floresta com Araucária

A floresta ombrófila mista (ou floresta com araucária) é um dos mais exuberantes ecossistemas do Brasil. Ela abriga uma das poucas coníferas de ocorrência subtropical no hemisfério Sul do continente americano: a araucária brasileira, conhecida como pinheiro-brasileiro ou pinheiro-do-Paraná (Araucaria angustifolia).

A floresta com araucária não abriga apenas a sua espécie típica, mas muitas outras que formam comunidades interativas e diferenciadas em florística, estrutura e organização ecológica. Existe muita riqueza na floresta com araucária, seja nos seus componentes arbóreos, no sub-dossel ou nas copas que formam dosséis irregulares. Ali a biodiversidade atinge níveis elevados, apesar de sua aparente simplicidade estrutural.

É um dos ecossistemas mais ameaçados atualmente.









Pôr-do-sol junto às araucárias (PR)
Parque Nacional das Araucárias (SC)

"Floresta" de Xaxim Gigante (no Parque Nacional)

Anfíbios

A classe amphibia inclui a ordem Anura (sapos, rãs e pererecas), Urodela (salamandras) e Gymnophiona (cecílias).

No mundo, há cerca de 6000 espécies de anfíbios conhecidos.

Segundo lista publicada pela Sociedade Brasileira de Herpetologia (2007), há registro para o Brasil, até o momento, da ocorrência de 817 espécies de anfíbios (789 Anuros, 1 Urodelo e 27 Gymnophionas).

Desde a ultima versão da Lista de Anfíbios do Brasil (junho de 2005) foram descritas 35 novas espécies. Diante dos números atuais, o Brasil ocupa a primeira colocação na relação de países com maior riqueza de espécies de anfíbios, seguido por Colômbia e Equador.

Alguns anuros encontrados na Floresta com Araucária

Phyllomedusa tetraploidea
A simpatia em "pessoa"









Hyalibatrachium uranoscopum

Hypsiboas faber
Maior "perereca" com distribuição no sul do Brasil

Dendropsophus minutus e Dendropsophus sanborni



Physalaemus cuvieri
(rã-foi-gol-não-foi)
Aplastodiscus perviridis










Sphaenorhryncus surdus
Hypsiboas leptolineatus









Hypsiboas bischoffi
Leptodactylus ocellatus

Répteis

Até o momento (setembro de 2007), foram reconhecidas 684 espécies de répteis naturalmente ocorrentes e se reproduzindo no Brasil: 36 quelônios (tartarugas), 6 jacarés, 228 lagartos, 61 anfisbênias (cobra-cega)e 353 serpentes.

Entre as serpentes, 299 espécies (84,7 %) são pouco ou nada perigosas, e 54 espécies (15,3 %) são perigosas (peçonhentas), das quais 27 são cobras-corais (Elapidae) e outras 27 são víboras com fosseta (Viperidae) das quais incluem-se as jararacas (gênero Bothrops).
Diante dos números atuais, o Brasil deve ocupar a terceira colocação na relação de países com maior riqueza de espécies de répteis, atrás da Austrália e do México, mas suplantando Índia, Indonésia, Colômbia, China e Peru.

Alguns répteis encontrados na Floresta com Araucária

Teiú juvenil (Tupinambis teguixin)

Maior lagarto brasileiro, pode chegar a 2m de comprimento.











Jararaca (Bothrops jararaca)

Cotiara (Bothrops cotiara)
serpente ameaçada de extinção
Fotos: Anne Elise Previdi
Foto "Floresta de Xaxim Gigante": Janael Ricetti